terça-feira, 14 de setembro de 2010

Psicografia Chico Xavier - Nilo Peçanha

Psicografia Chico Xavier - Nilo Peçanha
Precisávamos para a solução de nossos problemas mais urgentes, não de copiar artigos e regras burocráticas, mas firmar pensamentos construtores, que renovassem os nossos institutos de ordem social e política, hoje seriamente ameaçados em suas bases, justamente pelo descaso e inércia com que observamos as exposições das teorias falsas e errôneas para a esfera do governo, as quais infiltrando-se no âmago das coletividades, preparam os surtos dos arrasamentos.

Nem sempre liberdade significa prosperidade. Dar muitas liberdades a um povo que se ressente de necessidades gravíssimas, inconsciente ainda de suas responsabilidades, falando-se de um modo geral, é fornecer ar
armas perigosas para a destruição da vida desse mesmo povo. No Brasil, sobram as regalias políticas e as liberdades publicas. Tudo requer ordem e método. As coletividades brasileiras fazem mais questão do direito da higiene, do conforto necessário, do pão e da escola que do direito irrisório do voto, dentro das lutas de clã e no ambiente viciado dos partidos.

O povo brasileiro tem colhido inúmeras ilusões nas experiências coletivas, conquistadas, muitas vezes, à farsa de sangue, nos seus deploráveis movimentos revolucionários. Revolução implica, em si, destruição de tudo quanto está feito. Mais prudente seria que pudésse-mos observar constantemente a evolução geral, conseguindo norteá-la para um caminho de benefícios generalizados para a coletividade. Infelizmente esses movimentos em nosso país objetivam unicamente o individualismo dos políticos ambiciosos e a hegemonia dos Estados em detrimento das outras unidades da Federação. Movimentos revolucionários em nossa terra representam lutas dolorosas onde as ações ficam encerradas nas palavras das praças públicas, onde as massas sofredoras eO povo brasileiro tem colhido inúmeras ilusões nas experiências coletivas, conquistadas, muitas vezes, à farsa de sangue, nos seus deploráveis movimentos revolucionários. Revolução implica, em si, destruição de tudo quanto está feito.
Mais prudente seria que pudésse-mos observar constantemente a evolução geral, conseguindo norteá-la para um caminho de benefícios generalizados para a coletividade. Infelizmente esses movimentos em nosso país objetivam unicamente o individualismo dos políticos ambiciosos e a hegemonia dos Estados em detrimento das outras unidades da Federação. Movimentos revolucionários em nossa terra representam lutas dolorosas onde as ações ficam encerradas nas palavras das praças públicas, onde as massas sofredoras eO povo brasileiro tem colhido inúmeras ilusões nas experiências coletivas, conquistadas, muitas vezes, à farsa de sangue, nos seus deploráveis movimentos revolucionários. Revolução implica, em si, destruição de tudo quanto está feito. Mais prudente seria que pudésse-mos observar constantemente a evolução geral, conseguindo norteá-la para um caminho de benefícios generalizados para a coletividade. Infelizmente esses movimentos em nosso país objetivam unicamente o individualismo dos políticos ambiciosos e a hegemonia dos Estados em detrimento das outras unidades da Federação
Movimentos revolucionários em nossa terra representam lutas dolorosas onde as ações ficam encerradas nas palavras das praças públicas, onde as massas sofredoras e anônimas guardam os mesmos enganos de sempre. Seria ideal que os brasileiros se unissem para a cruzada bendita do reerguimento da nacionalidade, conscientes de seu valor próprio, prescindindo as influências estrangeiras, realizando, construindo a pátria de amanhã, cujo futuro promissor constitui uma larga esperança para a Humanidade. Do próprio Nordeste, cheio de flagelados e desi-ludidos, poder-se-ia fazer um oásis. Aí temos os homens do pensamento e da ação, realizadores práticos, corajosos, que atacariam, de pronto, os problemas maia fortes de nossa economia, preservando-a, metodizando-a para o bem-estar da nação. Mas onde se conservam essas criaturas do sentimento e do raciocínio que as melhores capacidades caracterizam? Justamente, quase todos, por nossa infelicidade, se conservam afastados da paixão política que empolga a generalidade dos nossos homens públicos; com algumas exceções, a nossa política administrativa, infelizmente, está cheia daqueles que apenas se aproveitam da situação, para os favores pessoais e para as condenáveis pretensões dos indivíduos. O sentimento da solidariedade das classes, do amparo social, que deveriam constituir as vigas mestras de um instituto de governo, são relegados para um plano inferior, a fim de que se saliente o partido, a pretensão, o chefe, a figura centralizadora de cada um, em desprestígio de todos.
É dessa orientação nociva que se vem derivando o mal-estar das classes produtoras e proletárias, no Brasil, predispondo-as a um estado de incompreensão altamente prejudicial à execução dos programas econômicos e políticos. E daí, a necessidade de uma compreensão mais profunda por parte do governo que deverá, rebuscar no cadinho das análises minuciosas, os menores problemas das classes, para resolvê-los, antes que elas, perigosamente, se abalancem a resolver por si mesmas.
Nesse trabalho de orientar os nossos homens do governo, estamos todos nós empenhados, todos os que, do plano espiritual, não obstante a ausência da indumentária carnal, vivem pugnando por um Brasil mais forte, unido e mais feliz.
Esses problemas grandiosos têm sido relegados a um plano inferior pelos nossos administradores, os quais infelizmente arraigados aos sentimentos de personalismo vivem apenas para as grandes oportunidades.
Faz-se necessário melhorar as, condições das classes operárias antes que elas se recordem de o fazer, segundo as suas próprias deliberações, entregando-se à sanha de malfeitores que sob as máscaras da demagogia e a pretexto de reivindicações, vivem no seu seio para explorar-lhes os entusiasmos vibrantes que se exteriorizam sem objeto definido.

Nilo Peçanha
(Recebida em Pedro Leopoldo a 31 de julho de 1935)

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